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CARTA AOS PAIS

A maconha é a droga ilegal mais usada em nosso país. Nos últimos 10 anos o consumo desta droga vem aumentando de acordo com pesquisa realizada em 10 capitais brasileiras, mostrando uma tendência de crescimento de uso na vida, uso freqüente (consumo em mais de 5 ocasiões mensais) e mesmo de uso denominado de "pesado" (consumo em mais de 20 ocasiões mensais) (GALDURÓZ, NOTO e CARLINI, 1997). Estas mudanças vem ocorrendo ao mesmo tempo que um maior número de pessoas acredita que o uso desta droga não acarreta riscos ou conseqüências prejudiciais.

Ao mesmo tempo, aparentemente os pais não tem consciência deste crescimento do uso, não apenas no Brasil como em outros países, e muitos acreditam mesmo que esta droga não constitui uma grave ameaça a seus filhos. Porém os pais têm que reconhecer que esta é uma verdadeira ameaça ao desenvolvimento de seus filhos e necessitam adverti-los para não usarem. Torna-se fundamental que conversem com seus filhos sobre as drogas enquanto ainda são pequenos, porém nunca é tarde para que os filhos sejam alertados para os possíveis perigos do consumo.

A Secretaria Nacional Antidrogas, subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, atentando para este aspecto, estabeleceu um convênio com o National Institute on Drug Abuse (Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas) do governo Norte Americano, com a finalidade de disseminar conhecimentos científicos adequados para a população brasileira. Este folheto é fruto desta iniciativa com a finalidade de informar os pais sobre o crescimento do consumo desta droga e as possíveis conseqüências do uso da maconha na saúde dos jovens e sobre a necessidade de medidas urgentes para evitar que uma epidemia do consumo desta droga venha a ocorrer, principalmente em nossa população adolescente.

SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS

ASSOCIAÇÃO PERIGOSA ÁLCOOL E COCAINA

por: Dráuzio Varella e Ronaldo Laranjeira

Drauzio – Por que o usuário de cocaína bebe tanto?

Ronaldo Laranjeira – De alguma forma, o álcool faz com que a pessoa se sinta mais liberada e use cocaína, um estimulante potente. Para diminuir a excitação, ela torna a beber e, como num círculo vicioso, a usar cocaína. A confusão cerebral aumenta consideravelmente e a tendência é beber ou cheirar mais. Trata-se de uma reação perturbadora em que o álcool incentiva o consumo de cocaína e vice-versa.

Drauzio – Fico assustado com a quantidade de bebida destilada que o usuário de cocaína consome.

Ronaldo Laranjeira – A cocaína aumenta a resistência ao álcool, porque um pouco de seu efeito depressor é atenuado pela cocaína. Por outro lado, a pessoa tolera quantidades maiores de álcool porque precisa abrandar os efeitos altamente excitantes da cocaína.
Sempre é válido repetir que álcool e cocaína representam uma das associações de drogas mais perigosas que existem. Ao que parece, tal associação dá origem a uma terceira molécula extremamente tóxica para cérebro e para o músculo cardíaco.

Drauzio – No Carandiru, vi meninos de 20 e poucos anos com infarto do miocárdio ou derrame cerebral puxando o braço ou a perna depois de uma seção de crack ou de uma overdose de cocaína. Isso acontece frequentemente?

Ronaldo Laranjeira – Infelizmente, no Brasil, não há dados precisos sobre o que aconteceu com os usuários de cocaína porque o sistema médico não é muito coordenado. Se eles existissem, ficaríamos horrorizados.
Tivemos uma pequena experiência acompanhando, por cinco anos, o primeiro grupo de usuários de crack que foi internado em Cidade de Taipas, interior de São Paulo. Era uma população de classe média baixa. No final desse período, 30% tinham morrido em acidentes ou por morte violenta. Neste caso, as famílias não sabiam dizer quem eram os responsáveis pelas mortes: os traficantes ou a polícia.
Não sabemos se isso ocorre com todos os usuários de crack. Temos certeza, porém, de que poucas doenças apresentam esse índice de mortalidade.

Senad  (Secretaria Nacional Antidrogas)

APRESENTAÇÃO
   

Uma das preocupações da Secretaria Nacional Antidrogas – SENAD é a disseminação de conhecimentos atualizados, isentos de preconceitos e úteis sobre as drogas de abuso, que possam servir como fontes fidedignas para atividades preventivas realizadas em diversos âmbitos da vida dos brasileiros, desde orientações em sua própria casa até mesmo campanha de abrangências nacional. É nesse contexto que, a partir do ano 1999, foi criada a Série Diálogo, com destacadas contribuições de especialistas na criação e construção dos textos.

A Série Diálogo é uma publicação da SENAD que vem transmitindo informações precisas e seguras sobre drogas de abusos. A série, iniciada com o "Guia para Família", chega ao seu quarto número, desfazendo mitos e inverdade sobre uma das drogas cujo consumo vem crescendo principalmente entre jovens e adolescentes, causando com isso intensa preocupação tanto para educadores como para agentes de saúde . Este volume é fruto de uma importante parceria da SENAD com o National Institute on Drug Abuse-NIDA, órgão norte-americano responsável por 85% da pesquisa mundial sobre abuso de drogas e dependência e, por isso, uma das principais fontes de informações sobre o tema. O texto original, em inglês foi traduzido e adaptado para a população brasileira pela Equipe Técnica da Subsecretaria de Prevenção e Tratamento da SENAD.

A maconha é a droga ilícita de maior consumo no mundo, segundo diversas pesquisas. Observamos, em nosso País, um crescimento de 40% do seu uso entre estudantes do ensino fundamental e médio durante a última década. Também verificamos a existência de diversos mitos que se propalam a droga como segura e inócua, imersos em aprofundar o conhecimento dessa substância. Isso exemplificar a oportunidade desta edição, dividida em duas partes: informações dirigidas para os pais e informações dirigidas aos adolescentes. O volume dirigido aos pais traz texto mais completo, que enfatiza a necessidade de acompanhar seus filhos e os riscos que eles correm nos dias atuais. A publicação número 5 é voltada para os próprios adolescentes, em linguagem mais resumida e direta, para que ampliem a consciência dos Aspectos associados ao consumo dessa droga.

Finalizando, aproveitamos para mais uma vez conscitá-los a auxiliar seus filhos na complexa fase da adolescência, fornecendo exemplo, estando perto deles, escutando-os, conhecendo mais sobre os assuntos que dizem respeito aos jovens, -enfim, - DIALOGANDO - . Assim estarão não apenas contribuindo na tarefa nacional da prevenção do uso indevido de drogas, mas também auxiliando para que seus filhos tenham um futuro feliz e isento das suas perigosas conseqüências.

ALBERTO MENDES CARDOSO

Secretário Nacional Antidrogas

Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República

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